DicasNegócios e Serviços

Dra. Ayres Moura explica porque o movimento pode ajudar no quadro de dor

Dra. Ayres Moura

Em mais uma conversa com a Fisioterapeuta especializada em Disfunções Biomecânicas e Saúde Integrativa como estética avançada, Dra. Ayres Moura – Clínica Moura Gravatá, ela nos fala sobre a dor, e se é possível ou não alguém com dor realizar exercícios.

A dor é uma experiência desagradável que ocorre em diferentes graus de intensidade. Ela vai do desconforto leve à agonia. E a fisioterapeuta Dra. Ayres Moura, vai nos esclarecer pontos da sensação de dor.

V&V: A atividade física é indicada para qualquer pessoa?

A.M.: Sim. Ela é indicada para qualquer pessoa e em qualquer idade, mas é muito mais importante no paciente com dor crônica. Se, por um lado, a dor leva a uma deficiência muscular, a deficiência muscular faz com que a dor piore ainda mais. Assim, fecha-se um ciclo que, se não for quebrado, tornará qualquer outra forma de tratamento infrutífero.

V&V: Quer dizer que a dor e fraqueza muscular são problemas que costumam andar juntos?

A.M.: Exatamente. A fraqueza acontece por dois motivos:

• Atrofia muscular: quando pacientes com dor tendem a reduzir as atividades físicas, seja como atividade recreativa, seja como parte de sua rotina diária. Ao invés de ir caminhando para a padaria, vai de carro. Ao invés de subir a escada, usa o elevador. O desuso leva a uma atrofia e perda de força muscular;

• Inibição muscular: que é quando a dor provoca um processo de inibição muscular (não execução do movimento muscular). É como se o cérebro “desligasse” a musculatura, fazendo com que ela fique dormente. A musculatura continua lá, mas simplesmente não funciona.

Os músculos funcionam como o motor de um carro: quando ficam fracos, o funcionamento do carro (ou das articulações) será comprometido como um todo. Sem força para sustentar as articulações, estas serão sobrecarregadas, dando início aos quadros de dor. Bursites e tendinites muitas vezes se desenvolvem em decorrência desta sobrecarga.

O exercício deve ser prescrito de forma individualizada e sempre respeitando-se as características da dor e as eventuais limitações físicas. Ainda assim, mesmo nos casos mais graves de dor crônica, sempre haverá uma forma de se estimular a musculatura ao mesmo tempo em que se protege a articulação dolorida.

A fisioterapia busca reabilitar o paciente, permitindo que ele se recupere de uma lesão ou de uma deficiência física. Pacientes que tenham dor para realizar um exercício ou que tenham uma inibição muscular significativa (geralmente com déficits de força acima de 30%) devem iniciar sua recuperação sob a supervisão do fisioterapeuta, antes de partir para a prática de uma atividade física mais regular.

Mesmo pacientes com dores bastante incapacitantes podem se beneficiar de um trabalho específico de fisioterapia. Inicialmente, o fisioterapeuta poderá lançar mão de recursos de eletrotermofototerapia com o objetivo de analgesia e controle da dor. O tratamento, porém, não deverá se resumir a isso.

Exercícios isométricos e exercícios no meio aquático são algumas das formas de se estimular a musculatura minimizando-se o estresse sobre as articulações.

As técnicas manipulativas poderão ajudar na recuperação da mobilidade articular e liberação de eventuais contraturas e espasmos musculares.

@clinicamouragravata 


Publicidade

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *