Se você não sabe o que é ou não ouviu falar desse tipo de educação, fique tranquilo, esse tema ainda não é trabalhado nas escolas no Brasil. Em alguns países, finanças pessoais e empreendedorismo fazem parte da grade curricular obrigatória dos estudantes.
Mas o que é educação financeira?
Ela consiste em práticas que tem o objetivo de proporcionar qualidade de vida tanto no presente quanto no futuro, e é muito mais do que apenas saber economizar o dinheiro. Ela ensina a construir um planejamento financeiro que visa o bem estar. Ajudando a dominar o dinheiro, tendo consciência do que fazer com ele. Como economizar, cortar gastos desnecessários, investir e aumentar o montante.
Mas educação financeira não se trata apena disso. Ela envolve fatores financeiros e emocionais, como quando nos questionamos se a compra ou aquisição de determinado produto ou serviço é realmente necessária naquele momento.
Para responder essas perguntas, precisamos ter em mente algumas questões para começar a se educar financeiramente como:
- Eu faço compras por necessidade ou por emoção?
- Consigo controlar meu dinheiro, ou deixo ele guiar minhas escolhas?
- Tenho dívidas ou todas minhas contas estão em dia?
E lembrar-se de que você deve controlar o dinheiro, e nunca o contrário. Esse é o primeiro passo para saber o que fazer com ele.
Então, podemos concluir que a educação financeira é o ato de conseguir controlar o dinheiro o tempo todo, melhorando a qualidade de vida e conseguindo se planejar financeiramente para alcançar o que deseja.
Parece trabalhoso, mais não é. Essa educação é tão importante para alcançar a independência financeira, que vale totalmente a pena. Pois a partir do momento que adquirimos independência financeira, será possível fazer planos, investir e até realizar aquele sonho de infância.
Entender nossas necessidades, gastos e como lidar com o dinheiro é uma das etapas para garantir mais qualidade de vida. Nossa educação financeira faz parte de um planejamento de vida. E para ter uma vida financeira saudável o principal passo é não se endividar. Dívidas podem causar diversos prejuízos não apenas financeiros, mas também emocionais.
Para muita gente o acúmulo de dinheiro e a riqueza estão associados à sorte. Mas não é sempre assim. A riqueza pode ser o resultado de um planejamento de alguém bem educado financeiramente.
O que fazemos com o nosso dinheiro interfere diretamente na possibilidade de acumular dinheiro.
Vamos usar o exemplo de alguém que ganha todo mês R$3.000,00 de salário. Essa pessoa utiliza R$1.800,00 para pagar as contas. E o resto gasta com passeios, roupas, serviços de assinatura e outras compras. E R$200,00 que sobra coloca na sua conta corrente.
Nessa situação, a pessoa não está fazendo as melhores escolhas financeiras. Primeiro, é necessário avaliar se os gastos e compras realmente são necessários para aquele momento. Sem esquecer que não é possível mexer em contas, como aluguel e conta de luz. Mas será que é realmente necessário comprar roupas todo mês? É preciso antes de fazer contas, e sempre questionar sobre aquele gasto.
E deixar o dinheiro que sobrar na conta corrente é deixar de colocá-lo em investimento, e perder rendimento. Por isso, a educação financeira é tão importante.
A educação financeira é o pensamento no futuro, que além de garantir uma vida mais estável financeiramente no presente, é capaz de se antecipar aos riscos do futuro. Evitando os famosos ‘perengues’ financeiros.
Garante também a habilidade de conseguir honrar com todos os compromissos financeiros, sem abrir mão de coisas que aumentem a qualidade de vida.
Se engana você, se pensa que educação financeira é assunto apenas para quem tem muito dinheiro. Ela é para todos. Claro que a necessidade e possibilidades de quem ganha R$200,00 mil por mês não é a mesma de quem ganha R$3.000,00. A educação financeira tem a mesma missão, não importando o quanto se ganha ou se tem. É só cada um aplicar os conceitos dentro da sua realidade.
Temos que conseguir controlar o dinheiro e se planejar dentro da nossa realidade.
Investimentos: o que são e como começar
No mundo financeiro, um investimento significa aplicar seu dinheiro esperando um rendimento futuro. Ou seja, você aplica X e em, por exemplo, um ano espera resgatar X+200 reais.
Existem diferentes tipos de investimentos no mercado. E, em vez de deixar o dinheiro parado na conta, você tem a oportunidade de aplicar o dinheiro em ativos rentáveis, e fazer o seu dinheiro render no tempo.
Se você quer começar a investir, primeiro precisa organizar suas finanças. E colocar no papel o que ganha por mês e todos os gastos fixos, como aluguel, conta de luz e escola dos filhos.
Depois, olhe para os gastos que não são contas fixas. Por exemplo, gasolina, idas ao salão de beleza e gastos com restaurantes. Avalie quais gastos são necessários e quais podem diminuir ou até serem cortados.
Com isso, conseguirá calcular o quanto de dinheiro terá disponível para investir. E não se preocupe, não é necessário altos valores para começar a investir. Dependendo do tipo de investimento que escolher, é possível começar com pouco.
Tipos de investimento
Os investimentos são de dois tipos: os de renda fixa e os de renda variável
Os ativos de renda fixa são aqueles em que se sabe o quanto o dinheiro vai render no momento em que aplica o dinheiro. Já os de renda variável, não se tem previsibilidade de quanto e se o dinheiro irá render – portanto, o risco é mais alto.
Se quer começar a investir, é mais indicado conhecer os ativos de renda fixa, como Tesouro Direto e CDB. Eles são mais seguros, com menos riscos ao investidor.
Agora se você tem um perfil mais agressivo, a renda variável pode ser mais indicada. Como exemplo, temos o investimento em ações ou derivativos.
O importante é que essa escolha seja feita de acordo com o perfil do investidor. Para essa escolha, é possível contar com uma corretora de valores para auxiliar no processo.
Os livros sobre educação financeira, podem dar uma ampla visão sobre o tema e ajudar a aplicar as práticas no dia a dia.
Livros que podem auxiliar no aprendizado:
O Dinheiro: aprenda a cuidar do seu brincando – Cristina Von
O primeiro livro da nossa lista é sobre educação financeira para crianças. O livro explica a origem do dinheiro, e introduz os pequenos a temas como imposto, salário e orçamento – conceitos importantes para entender como o mercado funciona.
Tudo isso de maneira simples e lúdica para ser assimilado por elas.
The Millionaire fast lane – MJ DeMarco
Nesse livro, o autor – que é fundador de uma empresa de mídia, apresenta estratégias para quem quer empreender. Ele desconstrói a gestão econômica do dinheiro e mostra como alcançar a independência financeira pensando no futuro.
Pai Rico, Pai Pobre – Robert Kyosaki
O livro foi escrito pelo milionário Robert Kyosaki e se tornou um clássico das finanças. No livro, ele conta a história de seu pai biológico – que nunca alcançou a liberdade financeira, e do pai de um amigo – que acumulou riqueza ao longo do tempo e passou os conhecimentos à Robert.
No livro, ele mostra em como desenvolver um pensamento empreendedor e como educar para acumular riquezas.
Concluímos que a educação financeira é o primeiro passo para a liberdade financeira, ou seja, não depender de ninguém para suprir suas necessidades no que diz respeito ao dinheiro.
Com educação financeira é possível se planejar melhor e investir o dinheiro e ter chances de realizar planos, sonhos e muito mais. Pois viver endividado não é uma opção saudável.
Ter qualidade de vida e arcar com suas contas e ainda ter dinheiro para coisas não essenciais é importante para manter uma vida saudável e organizada.
Com informações Clear
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