Diante a aceleração da variante Ômicron que impacta nas solicitações de leitos, o Gabinete de Enfrentamento à Covid-19 definiu na segunda-feira (07), que a partir da próxima quarta-feira (09.02) até o dia 1° de março:
- O limite de pessoas em eventos em Pernambuco será reduzido de três mil para 500 pessoas, em locais abertos e de mil para 300, em locais fechados.
- Nos eventos acima de 300 pessoas será exigida a apresentação de teste negativo de Covid, além do passaporte vacinal. Para eventos corporativos, não-festivos, o limite será de até 1.500 participantes.
- O ponto facultativo está cancelado nas repartições públicas estaduais durante o carnaval;
- Os servidores públicos vão trabalhar nos dias que seriam de folga por causa da folia, entre segunda (28) e terça (1º).
“Sabemos de todas as repercussões econômicas, sociais e culturais em torno dessa decisão, mas não há condições sanitárias para que seja realizada qualquer tipo de festividade no período de carnaval em Pernambuco. Além disso, reduzimos a capacidade dos eventos de 3 mil para 500 pessoas e não descartamos tomar outras medidas restritivas se o número de casos continuar em crescimento acelerado”, afirmou o governador Paulo Câmara”.
A variante Ômicron da Covid-19 continua em franca aceleração em Pernambuco, impactando no aumento de positividade e, consequentemente, hospitalizações e óbitos, principalmente em não vacinados.
E apesar de novos leitos terem sidos colocados em funcionamento desde o final do ano passado quando o coronavírus começou a avançar. Mais de 919 pacientes estão internados com quadros respiratórios graves nos leitos de UTI na rede pública – mesmo patamar de julho do ano passado. Além disso, a média móvel de confirmações diárias de novos óbitos no Estado chegou a 13,2 na segunda-feira (07.02) – um aumento de 128% na comparação com a de 14 dias atrás.
Este cenário impõe a adoção de novas medidas restritivas dentro do Plano de Convivência. Entre elas:
- Continuar trabalhando para minimizar os impactos da doença;
- Contratação de profissionais de saúde;
- Abertura de novos leitos.
O secretário André Longo, destacou, na coletiva de imprensa, que o avanço na vacinação dos pernambucanos tem salvado vidas. A partir da análise dos bancos de mortalidade e vacinados, verificou-se que em janeiro de 2021, quando apenas 1,3% da população pernambucana estava imunizada com uma dose da vacina contra a Covid-19, a taxa de mortalidade era de 8,33 óbitos por 100 mil habitantes. Já em janeiro deste ano, o percentual de pessoas com o esquema básico completo (duas doses ou dose única) está acima dos 70%, além de 24% do público elegível com o reforço, e a mortalidade por 100 mil habitantes ficou em 0,88.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), esclareceu que, em 2022, Pernambuco tem uma das menores taxas de mortalidade por Covid-19 do país. E que “Para interromper o aumento das mortes, não há solução mágica. Só há uma forma para salvar vidas: avançar com a vacinação, e com todas as doses disponíveis, mesmo que a vacina não nos deixe livres da infecção, a doença em não vacinados tem um impacto muito pior, com reflexo direto nas hospitalizações e mortes”.
O secretário estadual de Saúde, André Longo, reforçou que: “Os esforços do Governo do Estado não serão suficientes para diminuir a circulação viral e superar o vírus. Se a sociedade não se comprometer a cumprir e respeitar os protocolos e cuidados e, principalmente, com a vacinação”.
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