Dicas

O que realmente funciona para se proteger do Coronavírus

A variante do novo coronavírus está com rápida disseminação, e as pessoas se perguntam cada vez mais como se proteger.

E as principais recomendações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), o Serviço de Saúde britânico (NHS) e do Ministério da Saúde brasileiro nesse sentido são:

  • A principal, simples e muito eficiente, é lavar as mãos com sabão após usar o banheiro, sempre que chegar em casa ou antes de manipular alimentos. As outras duas são usar máscara principalmente em lugares fechados e praticar o distanciamento social para evitar a transmissão do vírus.
  • O ideal é esfregar as mãos por algo entre 15 e 20 segundos para garantir que os vírus e bactérias serão eliminados — de acordo com Fernando Spilki, presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, o tempo para se cantar dois “Parabéns a você”.
  • Se estiver em um ambiente público, por exemplo, ou com grande aglomeração, não toque a boca, o nariz ou olhos sem antes ter antes lavado as mãos ou pelo menos limpá-las com álcool. O vírus é transmitido por via aérea, mas também pelo contato.

Ainda não se sabe quanto tempo o coronavírus sobrevive fora do corpo, mas o vírus da influenza, por exemplo, pode resistir por até 24 horas em superfícies mais porosas.

É por isso que também é importante manter o ambiente limpo, higienizar com soluções desinfetantes as superfícies da casa, móveis e o telefone celular, por exemplo.

Para limpar o celular, pode-se usar uma solução com mais ou menos metade de água e metade de álcool, além de usar um pano limpo.

  • Máscara

Medidas como essas valem mais até do que usar máscara, dependendo da situação. A máscara dá uma falsa sensação de segurança,

Máscaras do tipo cirúrgico ajudam a proteger de respingos de espirros e tosses, mas não evitam completamente a contaminação

Isso porque seria preciso trocar a máscara com uma certa frequência — quando ela ficar úmida, por exemplo —, encaixá-la bem nas orelhas, entre outros cuidados.

No caso do coronavírus, as máscaras mais tradicionais não funcionam totalmente, porque seu tamanho permite que ele atravesse o material.

Por isso, em ambientes hospitalares os profissionais de saúde têm usado máscaras com filtro de ar ou feitas de materiais com poros menores que a partícula viral.

Proliferação rápida, letalidade menor

Outra recomendação é, se possível, evitar aglomerações e manter distância de pessoas com sintomas de gripe.

A responsabilidade é maior ainda para quem está gripado: ao espirar ou tossir, cubra a boca e o nariz e jogue o lenço fora logo em seguida.

Como esse é um vírus novo, as pessoas não têm imunidade contra ele, o que faz com que o contágio seja mais rápido.

O número de novos casos tem crescido rapidamente, acreditam os cientistas, também porque o coronavírus pode ser transmitido antes mesmo de os sintomas aparecerem, durante o período de incubação.

Apesar de ter uma capacidade de proliferação maior que a de outros vírus da mesma família, como os que provocaram os surtos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars, na sigla em inglês) em 2002 ou da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers) em 2012, a letalidade desse coronavírus parece ser menor, segundo os dados disponíveis até agora.

O índice de letalidade da doença, segundo os estudos mais recentes, varia entre 0,5% e 1% — mas esse percentual ainda está em discussão. O índice de letalidade da Sars era de 9,5%, e da Mers, 35%.

Parte das pessoas que morreram de coronovírus até agora tinha algum tipo de doença prévia – diabetes, doenças cardíacas ou pulmonares. Muitos eram mais velho.

O coronavírus pode causar doença pulmonar grave

O fato de pessoas de mais idade ou com alguma outra doença prévia apresentarem quadros mais graves é relativamente comum entre os chamados vírus respiratórios.

Ainda não se sabe bem, no entanto, como é o ciclo do coronavírus no corpo e como nosso sistema imunológico responde a ele.

Por isso, também é importante manter o sistema imunológico fortalecido.

Como o corpo reage a ‘invasores’

No caso de outros vírus, a resposta do organismo se dá principalmente em duas frentes: a da imunidade celular e a da imunidade humoral.

A imunidade celular se manifesta, por exemplo, através dos linfócitos, um tipo de leucócito produzido pela nossa medula e que tem, entre outras funções, a de reconhecer as células infectadas e destruí-las.

Nesse processo, não só o vírus é destruído, mas também a célula que ele infecta. No processo, parte dos leucócitos também acaba morrendo.

Os leucócitos são os glóbulos brancos, é o “exército” que tenta expulsar os patógenos — vírus, bactérias e fungos — do nosso corpo.

O coronavírus é um vírus encapsulado, bastante sensível ao contato com detergentes, como o sabão

Eles aparecem, por exemplo, no hemograma: se a concentração no sangue estiver muito maior que os valores de referência, pode ser um indício de infecção. Se estão muito baixos, podem ser indicativo de que nosso sistema imunológico está enfraquecido.

Já imunidade humoral se manifesta através dos nossos anticorpos, as imunoglobulinas, que atuam de forma parecida e podem, por exemplo, impedir que os patógenos entrem nas células.

Para manter a imunidade, não há muito segredo: dormir a quantidade de horas certas para a sua idade, alimentar-se bem, manter-se hidratado, fazer exercícios físicos regularmente e tentar reduzir o estresse.

Fonte:bbc.com


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