Entrevistas

Por que você não leva a sério o coronavírus?

A pandemia do novo coronavírus causa síndrome respiratória chamada de Covid-19, o vírus tem rápida disseminação, e em Gravatá o aumento dos doentes e mortes é registrado diariamente com o boletim expedido pela Secretaria Municipal de Saúde. A crise extrapola os problemas sanitários e abala toda estrutura de governo, fazendo com que a administração municipal redefina prioridades.

Para evitar a contaminação, autoridades de saúde têm recomendado que as pessoas usem másicaras, limpem constantemente as mãos. E pede para todos adotar as medidas que mudam radicalmente o cotidiano como o afastamento das atividades coletivas e a reclusão em casa. E isso vale principalmente para quem não tem a Covid-18.

Não adianta ter medo de ser contaminado e não cumprir as medidas de contenção, como a quarentena, o distanciamento social e o isolamento quando necessário.

Apesar de muitos demonstrarem preocupação, há pessoas que demonstram indiferença à pandemia e não cumpre as recomendações das autoridades de saúde, saindo de casa e circulando livre e sem proteção, por exemplo.

VAMOS RELEMBRAR O BÁSICO

A Covid-18 é uma doença altamente contagiosa, tem um potencial devastador para infectar (casos assintomáticos), e afeta radicalmente a qualquer pessoa.

As boas práticas de prevenção, durante a pandemia, contribuem não só para a saúde individual, mas de todos que estão à sua volta.

Medidas como o distanciamento social ajudam a desacelerar o contágio para que um número grande de pessoas não seja infectado num curto espaço de tempo, para não sobrecarregar o sistema de saúde.

Apesar de muitos casos serem assintomáticos ou apresentarem sintomas leves (como de uma gripe), a quantidade de infectados que têm quadro mais grave e precisa de atendimento hospitalar é grande. Se conscientize da gravidade da situação, se proteja e proteja seus semelhantes.

CUIDADO COM AS FONTES DE INFORMAÇÃO

A pandemia está sendo acompanhada por uma enxurrada de informações que se atualizam todos os dias. Além das informações oficiais, uma onda de desinformação, mentiras e alarmismo provocam pânico.

SE ORIENTE POR EXEMPLOS DE OUTROS PAÍSES

A exposição ao excesso de informações (e desinformação) sempre mudam e se desencontram. Contra a desinformação cheque as mensagens antes de acreditar e repassá-las. Os cientistas, médicos, autoridades de saúde pública, os técnicos de saúde de uma forma geral, estudam epidemia, vírus e doenças infecciosas há anos. Tudo que dizem é embasado em fatos científicos.

Siga as experiências de países que passaram pelo surto do coronavírus antes do Brasil, elas ajudam a mostrar como a doença avança e quais possíveis medidas adotar por terem sido bem ou mal sucedidas no combate ao coronavírus.

Temos como exemplo, para comparar o caso da China (onde o vírus foi descoberto e o onde o governo adotou duras medidas de confinamento), da Itália (onde o confinamento demorou mais até valer), da cidade italiana de Milão (onde o prefeito pediu que os serviços não parassem, e os casos da covid-19 estouraram) e da Coréia do Sul (que fez altíssimo número de testes nas pessoas e conseguiu controlar a pandemia).

NÃO ALIMENTE O PÂNICO

A pandemia deve ser levada a sério, mas não deve levar ao pânico. É preciso cuidado na hora de conversar. A sensação de medo e a tristeza intensa prejudicam as pessoas e as afastam da conversa informativa. Os sacrifícios que temos que fazer por causa da pandemia como o distanciamento, contribuem para ajudar outras pessoas (doentes, profissionais de saúde, pessoas que precisam trabalhar).

Faça distanciamento com criatividade, busque criar uma rotina positiva dentro de casa, incentive as pessoas que buscam ajuda e não se deixe levar pelo desânimo ou tristeza, nem pela negação. A pandemia está acontecendo, ela é séria. Mas vamos vencer.

ACIMA DE TUDO, OUVIR

Antes de começar a conversar com qualquer pessoa que tem visão da pandemia diferente da sua, é preciso escutar os argumentos dessa pessoa. Uma conversa amigável pode esclarecer informações enganosas.

A desconfiança da Covid-19 é uma característica muito humana por resistirmos ao desconhecido. A incerteza, o medo de ser contaminado, de se isolar socialmente, de morrer, e de todas as situações que nos fazem sentir desamparados, nos fazem negar o problema e dar uma de ignorantes.

Por causa disso, falar com alguém que parece está na defensiva e criar um vínculo de afeto, é muito importante. Respeito, amizade e amor são essenciais na hora da conversa, o outro só tem medo do que ele desconhece.

A informação como a educação, se faz por meio do que chamamos de repetição. Mas não invente de ajudar, dando informações de forma embrutecida e com raiva. Escute os argumentos. Mantenha a boa convivência.

A PANDEMIA ESTÁ SENDO POLITIZADA

O novo coronavírus está sendo abordado e debatido sob um viés político.

Porém é importante evitar a politização da pandemia durante conversas. A ciência não é política, as orientações dadas pela Organização Mundial de Saúde são as mesmas para países com diferentes tipos de governo. O vírus atinge todos, e não tá nem aí para político A ou B. Ouvir o que dizem as autoridades de saúde, a ciência e a medicina tem que estar acima de política. Pois são elas quem vai de fato resolver a pandemia


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