Entrevistas

Entrevista com Aline Souza – A dona da voz que é sua impressão digital

Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.
Clarice Lispector

Ela teve sua vida de adolescente transformada por meio de sua voz de menina tímida. E com o passar do tempo, tornou-se uma mulher de presença marcante, decidida, de trabalho elogiado e admirado. E a sua voz tímida se transformou numa poderosa que é sua impressão digital.

Eu estou falando da radialista, locutora e repórter, Aline Souza, que em um descontraído bate papo com o blog valériaevocê, contou um pouco de si e da sua história.

A filha de Antônio Delfino de Souza e Beatriz Rodrigues de Souza, é gravataense da gema e nasceu no dia 12 de outubro, um dia muito especial, em que o Brasil está em festa por ser o dia da sua padroeira, Nossa Senhora Aparecida e dia das Crianças.

V&V: E como foi a infância de Aline Souza?

Aline Souza: Uma infância muito gostosa, minha mãe me oportunizou a brincar muito. Sabe aquela infância que tem gosto, cheiro, tombos, ralados e muita diversão. São ótimas lembranças, grandes aprendizados.

“Nossa, as recordações da minha infância são memoráveis. Era tudo de bom e não havia tempo ruim. A maior expectativa era para o dia amanhecer, ver desenhos animados, brincar de boneca, encontrar com os colegas para brincar e inventar maneiras de se divertir. Um período de muita alegria, em que eu aprendi, me diverti e vivi todos os momentos, E durante minha infância não tinha que brincar separada dos meninos, era tudo junto”.

V&V: E a formação escolar?

Aline Souza: Fiz toda a minha alfabetização na Escola da Mônica e depois ingressei na Escola Estadual Devaldo Borges, onde cursei do primeiro até o terceiro ano. Fiz Magistério. Porém só dei aula para completar o aprendizado e constar no currículo. Na realidade nunca lecionei. Em contrapartida quando terminei o magistério já estava atuando em rádio.

V&V: Quer dizer que você começou cedo a trabalhar em rádio?

Aline Souza: Na verdade, eu gostava muito de ler e ouvir música, e como meus dias eram preenchidos pelas aulas do Magistério, meu gosto pela leitura era um aliado no desenvolvimento do meu curso. E o gostar de música me fazia sair da rotina e desenvolver os sentidos da audição e visão.

 “Porém, após minha apresentação de um trabalho do curso de Magistério, sobre o Folclore, no carro de som, em frente à Casa da Cultura e com público. Se aproximaram de mim Jeferson Oliveira, da Serra Negra, de Bezerros e Edjane que era secretária da Rádio Vale do Ipojuca, que estavam na plateia, e me fizeram o convite para fazer um teste em rádio, pois eu tinha uma voz muito bacana e me expressava muito bem”. Falei que não, só que Jeferson ficou chamando e chamando, até fui na Serra Negra, mas não fiz teste. Mas Edjane ficou me convidando para gravar um piloto na Vale do Ipojuca, e eu fui e gravei. O gerente da rádio gostou, e no outro dia já me convidou para fazer um programa de rádio durante a noite”.

“E passei a participar da programação da Rádio vale do Ipojuca, de 20h às 21h, o programa era “A Noite é Nossa”, com Sérgio Baracho, e fui anotando tudo, isso no primeiro dia. No terceiro dia, Sérgio faltou e eu tive que me virar sozinha. Eu achei que tinha me ferrado, só que as pessoas me enviaram cartas pedindo música, e dizendo ter gostado. Eu achei isso muito interessante e fui me identificando. Mas não fiquei muito tempo. A rádio não tinha como me contratar, e eu não podia assumir um compromisso de trabalho e não ganhar nada. Minha rotina era puxada, eu estudava Magistério de manhã, dava aula de reforço à tarde, e a noite colocava minhas matérias em dia. E ter um compromisso com a rádio a noite e não ganhar nada, não era justo. Pois não podia me dedicar, e isso ia interferir e muito no meu dedicar aos estudos”.

“Eu também participava do programa de D. Célia Soares e S, Ivaldo que falavam do social, que eu também saí. Só que Josias Telles que fazia a parte esportiva da rádio, ao ouvir o comentário que eu estava saindo da rádio, me fez a proposta de trabalhar à tarde no Terminal Rodoviário, onde funcionava a RODOSOM, uma rádio com programação de chamadas de horário dos ônibus, música, comercial. Como eu não podia, pois à tarde dava aula de reforço, ele dobrou meu salário.  Falei com os pais dos alunos das aulas de reforço, e fui trabalhar na rádio do Terminal Rodoviário com total segurança pelo apoio dos meus pais, que sempre me orientaram a buscar o meu melhor. E passei a trabalhar com Ivo Silva ”.

“Coincidentemente nessa época surgiu um curso em Caruaru de Noções de Radialismo e Telejornalismo. E foi nesse curso com renomados profissionais e grandes nomes do rádio que vivenciei elogios a minha voz. Enquanto aguardávamos o ônibus, era a minha voz gravada que anunciava a chegada deles. E eu sentada em meio aos passageiros e profissionais de rádio que participavam do curso, passei a ouvir e receber elogios pela minha voz, e a ser reconhecida. E isso me incentivou demais a cada vez mais me dedicar”.

“Quando o curso terminou começou a fase de estágios, mas como não era remunerada e eu não tinha parentes em Caruaru, não pude ficar. Eu ainda fiz estágio por uns dias na Rádio Metropolitana. Como não tinha controle de mesa, o horário disponível era do sábado para o domingo de 1h às 6h da manhã. E como eu tinha apenas 16 anos, meus pais não autorizaram

V&V: Mais e o curso de Magistério?

Aline Souza: Eu permanecia fazendo meu curso de Magistério e trabalhando na rodoviária.  E foi nessa época que conclui o curso de Noções de Radialismo e Telejornalismo, que a Rádio Gravatá FM me chamou para estagiar nos fins de semana, tirando as folgas dos locutores fixos aos sábados e domingos. E comecei em abril de 1992, numa Semana Santa comecei na Gravatá FM, como folguista. E comecei conquistando meu espaço.

V&V: E a primeira oportunidade de ser locutora?

Aline Souza: Foi nessa época de estágio na Gravatá FM, quando um locutor saiu e eu ocupei aquele horário. E passei por todos os horários na Gravatá FM. Depois de um ano tive a carteira assinada como radialista com minha DRT (forma de regulamentar a profissão), e construí minha história no rádio durante os 13 anos que fiz parte da Gravatá FM;

Aline Souza chegou ao ilustre mundo da locução em 1992, e das inúmeras lições que aprendeu, a primeira foi de Josias Telles: “Para ser locutor de rádio tem que esquecer dos problemas lá fora. E quando você entrar no estúdio, ali vai entrando Aline do rádio, Aline que vai sorrir, que vai vibrar, que vai botar música, que vai tá alegre. E lá fora ninguém tem nada a ver com isso”. Os problemas ficam atrás da porta do lado de fora do estúdio. A segunda lição foi de mainha: “Faça sempre o seu melhor. Sem querer passar em cima de ninguém. Dê o seu melhor todos os dias”. E eu levo essa lição na vida e pra vida. A terceira lição é o respeito aos outros, e essa ninguém lição me ensinou, mas foi a convivência com meus colegas no dia a dia, a própria profissão que entrei muito jovem, e fui aprendendo com os outros aquilo que é bom e aquilo que é ruim.

“Na minha profissão você acaba aprendendo com os outros como direcionar a sua vida e a sua profissão. E tudo perpassa pelo respeito a quem quer que seja, do porteiro ao chefe maior. Todos têm que ser tratado da mesma maneira, eu preso muito por isso.

V&V: Qual o seu melhor momento de sempre no estúdio até os dias de hoje?

Aline Souza: Falar com pessoas que se emocionam.

V&V: O que inspira e alimenta Aline Souza?

Aline Souza: Encontrar pessoas que dizem que amam e respeitam seu trabalho em tal programa e ainda dizem a rádio. Aí eu fico encantada, amo, amo de coração e me alimento.

V&V: O que é para você a sua voz?

Aline Souza: Meu instrumento de trabalho, um presente de Deus.

V&V: Como descreve a sua voz?

Aline Souza: Eu acho que como uma voz gostosa kkkkkkkkkk Doce e ao mesmo tempo forte, empoderada, que consegue transmitir quem eu sou. Tipo eu posso usar uma dicção diferente, mas nunca vai ser igual aqueles vozeirão de locutores, vai ser sempre a minha voz.

V&V: Você cuida bem da voz?

Aline Souza: Já cuidei mais. Fiz muitos acompanhamentos com fonoaudiólogos para melhorar respiração, trabalhar a questão da dicção. Atualmente sou mais de não tomar muita coisa gelada e não durmo tarde.

V&V: O que você gota de fazer, obviamente “depois” da locução?

Aline Souza: Amo estar em casa e dançar. Com essa pandemia eu estou sentindo falta de uma batucada, de estar com a família, assistir televisão todo mundo junto, de ir pro sítio com o marido. Eu amo coisas simples.

V&V: Voz ou imagem? Qual o melhor meio de comunicação?

Aline Souza: Para mim a voz, porque fui da época de rádio que as pessoas faziam o imaginário com a voz. E nos dias atuais, mesmo que eu não esteja na TV, botando a cara, as redes sociais oferecem recursos que ampliam e ajudam no que a mensagem da voz quer transmitir. Mas quando eu tenho a oportunidade de trabalhar voz e imagem junto, é simplesmente algo surpreendente e encantador.

V&V: Qual característica você tem e poucas pessoas conhecem?

Aline Souza: A paciência. Sou muito, muito, muito paciente

V&V: Casada?

Aline Souza: Casada. Há oito anos do segundo casamento, com dois filhos do primeiro. E graças a deus, ótima convivência com um marido, parceiro, cúmplice, firme, companheiro, amigo, orientador.

“Meu maridão é alguém que está a meu lado, que sempre tá junto e me complementa. Se eu não tivesse essa parceria talvez eu não tivesse tanto tempo”.

V&V: Programa de fim de semana?

Aline Souza: Sítio. Tomando meu vinho quando dá, lendo um livro na paz, na tranquilidade.

V&V: Família:

Aline Souza: A Base de tudo. Eu não teria alcançado o meu espaço se não fosse a minha família. Principalmente da minha mãe que é parceira sem hora e lugar. E o apoio e presença dela, na criação de meus filhos foi essencial para que eu encarasse a rotina profissional.

V&V: Deus:

Aline Souza: Tudo. Eu não faço nada sem antes O consultar.

V&V: Amigos?

Aline Souza: Tenho poucos. Até porque minha rotina de trabalho não me permite estar muito próxima, muito junta a amigos. É mais trabalho/família. Mas os que tenho são muito especiais.

V&V: O que lhe inspira?

Aline Souza: Fazer a diferença na vida das pessoas.

V&V: Orgulho de si mesma?

Aline Souza: Muito. Eu não acredito na sorte para ter sucesso. Eu acredito no sucesso através do seu trabalho, dos caminhos que você trilha, dos caminhos que você coloca como meta e você cumpre todos os sacrifícios que te fazem chegar ao sucesso. O sucesso é alimentado, você pode até ter tido sorte, mas será que só foi sorte? Eu tenho orgulho de mim por ter encarado e enfrentado todas as etapas que me conduziram ao sucesso.

V&V: Desafios:

Aline Souza: Diários. Pois na minha profissão não tem um dia igual ao outro. E todos são aprendizados.

“Eu já passei por vários perrengues, vários universos desde o estúdio da TV, reportagem de jornalismo, E atualmente estou no universo do entretenimento, onde a dinâmica é está na rua todos os dias com cinegrafista, conversando com as pessoas e ouvindo histórias diferentes que chegam a te emocionar.

V&V: Conquistas:

Aline Souza: Inúmeras ao longo dos anos. E eu quero muito mais

V&V: Tês coisas importantes na sua vida?

Aline Souza: Família, filhos e meu trabalho.

V&V: O que te fez rir?

Aline Souza: Eu sou uma pessoa de riso fácil. Sou alguém com as duas medidas praticamente iguais, eu choro fácil e rio fácil.

V&V: Data importante e por que?

Aline Souza: A seis anos atrás, quando aos 40 anos, tive a oportunidade de conquistar um espaço na TV depois de ter ralado tanto.

Aline Souza atua há 28 anos no rádio e a 6 anos na TV Jornal. E atualmente está como repórter do Programa Cotidiano.

E na Rádio Jornal das 15h às 16h no Programa Consultório com Aline

Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento. Clarice Lispector

Ela teve sua vida de adolescente transformada por meio de sua voz de menina tímida. E com o passar do tempo, tornou-se uma mulher de presença marcante, decidida, de trabalho elogiado e admirado. E a sua voz tímida se transformou numa poderosa que é sua impressão digital.

Eu estou falando da radialista, locutora e repórter, Aline Souza, que em um descontraído bate papo com o blog valériaevocê, contou um pouco de si e da sua história.

A filha de Antônio Delfino de Souza e Beatriz Rodrigues de Souza, é gravataense da gema e nasceu no dia 12 de outubro, um dia muito especial, em que o Brasil está em festa por ser o dia da sua padroeira, Nossa Senhora Aparecida e dia das Crianças.

V&V: E como foi a infância de Aline Souza?

Aline Souza: Uma infância muito gostosa, minha mãe me oportunizou a brincar muito. Sabe aquela infância que tem gosto, cheiro, tombos, ralados e muita diversão. São ótimas lembranças, grandes aprendizados.

“Nossa, as recordações da minha infância são memoráveis. Era tudo de bom e não havia tempo ruim. A maior expectativa era para o dia amanhecer, ver desenhos animados, brincar de boneca, encontrar com os colegas para brincar e inventar maneiras de se divertir. Um período de muita alegria, em que eu aprendi, me diverti e vivi todos os momentos, E durante minha infância não tinha que brincar separada dos meninos, era tudo junto”.

V&V: E a formação escolar?

Aline Souza: Fiz toda a minha alfabetização na Escola da Mônica e depois ingressei na Escola Estadual Devaldo Borges, onde cursei do primeiro até o terceiro ano. Fiz Magistério. Porém só dei aula para completar o aprendizado e constar no currículo. Na realidade nunca lecionei. Em contrapartida quando terminei o magistério já estava atuando em rádio.

V&V: Quer dizer que você começou cedo a trabalhar em rádio?

Aline Souza: Na verdade, eu gostava muito de ler e ouvir música, e como meus dias eram preenchidos pelas aulas do Magistério, meu gosto pela leitura era um aliado no desenvolvimento do meu curso. E o gostar de música me fazia sair da rotina e desenvolver os sentidos da audição e visão.

 “Porém, após minha apresentação de um trabalho do curso de Magistério, sobre o Folclore, no carro de som, em frente à Casa da Cultura e com público. Se aproximaram de mim Jeferson Oliveira, da Serra Negra, de Bezerros e Edjane que era secretária da Rádio Vale do Ipojuca, que estavam na plateia, e me fizeram o convite para fazer um teste em rádio, pois eu tinha uma voz muito bacana e me expressava muito bem”. Falei que não, só que Jeferson ficou chamando e chamando, até fui na Serra Negra, mas não fiz teste. Mas Edjane ficou me convidando para gravar um piloto na Vale do Ipojuca, e eu fui e gravei. O gerente da rádio gostou, e no outro dia já me convidou para fazer um programa de rádio durante a noite”.

“E passei a participar da programação da Rádio vale do Ipojuca, de 20h às 21h, o programa era “A Noite é Nossa”, com Sérgio Baracho, e fui anotando tudo, isso no primeiro dia. No terceiro dia, Sérgio faltou e eu tive que me virar sozinha. Eu achei que tinha me ferrado, só que as pessoas me enviaram cartas pedindo música, e dizendo ter gostado. Eu achei isso muito interessante e fui me identificando. Mas não fiquei muito tempo. A rádio não tinha como me contratar, e eu não podia assumir um compromisso de trabalho e não ganhar nada. Minha rotina era puxada, eu estudava Magistério de manhã, dava aula de reforço à tarde, e a noite colocava minhas matérias em dia. E ter um compromisso com a rádio a noite e não ganhar nada, não era justo. Pois não podia me dedicar, e isso ia interferir e muito no meu dedicar aos estudos”.

“Eu também participava do programa de D. Célia Soares e S, Ivaldo que falavam do social, que eu também saí. Só que Josias Telles que fazia a parte esportiva da rádio, ao ouvir o comentário que eu estava saindo da rádio, me fez a proposta de trabalhar à tarde no Terminal Rodoviário, onde funcionava a RODOSOM, uma rádio com programação de chamadas de horário dos ônibus, música, comercial. Como eu não podia, pois à tarde dava aula de reforço, ele dobrou meu salário.  Falei com os pais dos alunos das aulas de reforço, e fui trabalhar na rádio do Terminal Rodoviário com total segurança pelo apoio dos meus pais, que sempre me orientaram a buscar o meu melhor. E passei a trabalhar com Ivo Silva ”.

“Coincidentemente nessa época surgiu um curso em Caruaru de Noções de Radialismo e Telejornalismo. E foi nesse curso com renomados profissionais e grandes nomes do rádio que vivenciei elogios a minha voz. Enquanto aguardávamos o ônibus, era a minha voz gravada que anunciava a chegada deles. E eu sentada em meio aos passageiros e profissionais de rádio que participavam do curso, passei a ouvir e receber elogios pela minha voz, e a ser reconhecida. E isso me incentivou demais a cada vez mais me dedicar”.

“Quando o curso terminou começou a fase de estágios, mas como não era remunerada e eu não tinha parentes em Caruaru, não pude ficar. Eu ainda fiz estágio por uns dias na Rádio Metropolitana. Como não tinha controle de mesa, o horário disponível era do sábado para o domingo de 1h às 6h da manhã. E como eu tinha apenas 16 anos, meus pais não autorizaram

V&V: Mais e o curso de Magistério?

Aline Souza: Eu permanecia fazendo meu curso de Magistério e trabalhando na rodoviária.  E foi nessa época que conclui o curso de Noções de Radialismo e Telejornalismo, que a Rádio Gravatá FM me chamou para estagiar nos fins de semana, tirando as folgas dos locutores fixos aos sábados e domingos. E comecei em abril de 1992, numa Semana Santa comecei na Gravatá FM, como folguista. E comecei conquistando meu espaço.

V&V: E a primeira oportunidade de ser locutora?

Aline Souza: Foi nessa época de estágio na Gravatá FM, quando um locutor saiu e eu ocupei aquele horário. E passei por todos os horários na Gravatá FM. Depois de um ano tive a carteira assinada como radialista com minha DRT (forma de regulamentar a profissão), e construí minha história no rádio durante os 13 anos que fiz parte da Gravatá FM;

Aline Souza chegou ao ilustre mundo da locução em 1992, e das inúmeras lições que aprendeu, a primeira foi de Josias Telles: “Para ser locutor de rádio tem que esquecer dos problemas lá fora. E quando você entrar no estúdio, ali vai entrando Aline do rádio, Aline que vai sorrir, que vai vibrar, que vai botar música, que vai tá alegre. E lá fora ninguém tem nada a ver com isso”. Os problemas ficam atrás da porta do lado de fora do estúdio. A segunda lição foi de mainha: “Faça sempre o seu melhor. Sem querer passar em cima de ninguém. Dê o seu melhor todos os dias”. E eu levo essa lição na vida e pra vida. A terceira lição é o respeito aos outros, e essa ninguém lição me ensinou, mas foi a convivência com meus colegas no dia a dia, a própria profissão que entrei muito jovem, e fui aprendendo com os outros aquilo que é bom e aquilo que é ruim.

“Na minha profissão você acaba aprendendo com os outros como direcionar a sua vida e a sua profissão. E tudo perpassa pelo respeito a quem quer que seja, do porteiro ao chefe maior. Todos têm que ser tratado da mesma maneira, eu preso muito por isso.

V&V: Qual o seu melhor momento de sempre no estúdio até os dias de hoje?

Aline Souza: Falar com pessoas que se emocionam.

V&V: O que inspira e alimenta Aline Souza?

Aline Souza: Encontrar pessoas que dizem que amam e respeitam seu trabalho em tal programa e ainda dizem a rádio. Aí eu fico encantada, amo, amo de coração e me alimento.

V&V: O que é para você a sua voz?

Aline Souza: Meu instrumento de trabalho, um presente de Deus.

V&V: Como descreve a sua voz?

Aline Souza: Eu acho que como uma voz gostosa kkkkkkkkkk Doce e ao mesmo tempo forte, empoderada, que consegue transmitir quem eu sou. Tipo eu posso usar uma dicção diferente, mas nunca vai ser igual aqueles vozeirão de locutores, vai ser sempre a minha voz.

V&V: Você cuida bem da voz?

Aline Souza: Já cuidei mais. Fiz muitos acompanhamentos com fonoaudiólogos para melhorar respiração, trabalhar a questão da dicção. Atualmente sou mais de não tomar muita coisa gelada e não durmo tarde.

V&V: O que você gota de fazer, obviamente “depois” da locução?

Aline Souza: Amo estar em casa e dançar. Com essa pandemia eu estou sentindo falta de uma batucada, de estar com a família, assistir televisão todo mundo junto, de ir pro sítio com o marido. Eu amo coisas simples.

V&V: Voz ou imagem? Qual o melhor meio de comunicação?

Aline Souza: Para mim a voz, porque fui da época de rádio que as pessoas faziam o imaginário com a voz. E nos dias atuais, mesmo que eu não esteja na TV, botando a cara, as redes sociais oferecem recursos que ampliam e ajudam no que a mensagem da voz quer transmitir. Mas quando eu tenho a oportunidade de trabalhar voz e imagem junto, é simplesmente algo surpreendente e encantador.

V&V: Qual característica você tem e poucas pessoas conhecem?

Aline Souza: A paciência. Sou muito, muito, muito paciente

V&V: Casada?

Aline Souza: Casada. Há oito anos do segundo casamento, com dois filhos do primeiro. E graças a deus, ótima convivência com um marido, parceiro, cúmplice, firme, companheiro, amigo, orientador.

“Meu maridão é alguém que está a meu lado, que sempre tá junto e me complementa. Se eu não tivesse essa parceria talvez eu não tivesse tanto tempo”.

V&V: Programa de fim de semana?

Aline Souza: Sítio. Tomando meu vinho quando dá, lendo um livro na paz, na tranquilidade.

V&V: Família:

Aline Souza: A Base de tudo. Eu não teria alcançado o meu espaço se não fosse a minha família. Principalmente da minha mãe que é parceira sem hora e lugar. E o apoio e presença dela, na criação de meus filhos foi essencial para que eu encarasse a rotina profissional.

V&V: Deus:

Aline Souza: Tudo. Eu não faço nada sem antes O consultar.

V&V: Amigos?

Aline Souza: Tenho poucos. Até porque minha rotina de trabalho não me permite estar muito próxima, muito junta a amigos. É mais trabalho/família. Mas os que tenho são muito especiais.

V&V: O que lhe inspira?

Aline Souza: Fazer a diferença na vida das pessoas.

V&V: Orgulho de si mesma?

Aline Souza: Muito. Eu não acredito na sorte para ter sucesso. Eu acredito no sucesso através do seu trabalho, dos caminhos que você trilha, dos caminhos que você coloca como meta e você cumpre todos os sacrifícios que te fazem chegar ao sucesso. O sucesso é alimentado, você pode até ter tido sorte, mas será que só foi sorte? Eu tenho orgulho de mim por ter encarado e enfrentado todas as etapas que me conduziram ao sucesso.

V&V: Desafios:

Aline Souza: Diários. Pois na minha profissão não tem um dia igual ao outro. E todos são aprendizados.

“Eu já passei por vários perrengues, vários universos desde o estúdio da TV, reportagem de jornalismo, E atualmente estou no universo do entretenimento, onde a dinâmica é está na rua todos os dias com cinegrafista, conversando com as pessoas e ouvindo histórias diferentes que chegam a te emocionar.

E na Rádio Jornal das 15h às 16h no Programa Consultório com Aline


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