A Covid-19 surgiu em Wuhan, na China, e nem todas as medidas adotadas surtiram efeito para evitar que o coronavírus chegasse as maiores cidades chinesas. Porém, apesar de todo esforço, chegou ao país vizinho, nenhuma medida foi suficiente para conter o avanço do coronavírus. E num mundo globalizado, com um grande fluxo de pessoas que cruzam fronteiras diariamente, foi impossível impedir que um vírus tão letal, altamente transmissível, alcançasse o planeta.
No fim de maio, Pernambuco registrou na última atualização da Covid-19 do boletim diário do Governo de Pernambuco (https://www.pecontracoronavirus.pe.gov.br/), 34.450 casos confirmados, 15.342 recuperados e 2.807 óbitos.
Apesar dos esforços que estão sendo realizados para evitar a disseminação do coronavírus. Ele invade o interior pernambucano cada vez mais.
A maioria das pessoas é infectada em casa. Porque um membro da família que precisou sair de casa, ou saiu para encontrar amigos e bater um papo. Quando voltou, trouxe o vírus, que precisa de dias para se manifestar, E sem perceber, o contato contínuo com familiares, o fez transmitir a doença.
Mas o que aconteceu fora de casa? O vírus se dilui ilimitadamente ao ar livre, e aquela caminhada descontraída, às vezes obrigatória, ou só para sair de casa por já estar estressado, sem máscara, sem higienização, sem álcool gel, foi suficiente para contraí-lo.
Para se infectar, não é necessária uma alta dose infecciosa de Sars- CoV2. A infecção é através de 1 mil partículas virais, que você respira uma vez ou 100 partículas virais inaladas a cada respiração por 10 respirações ou 10 partículas virais com 100 respirações. Cada uma dessas situações pode levar à infecção.
Esse número ainda é alvo de controvérsia e deve ser determinado por experimentos, mas dá uma referência útil para demonstrar como a infecção pode ocorrer.
A tosse e o espirro de uma pessoa com o coronavírus transmitem taxas infecciosas diferentes. Uma única tossida tem cerca de 3 mil gotículas a 80km/h. Umas cai no chão e outras permanecem no ar.
Mas se uma pessoa que está próxima a você espirra, seus problemas são multiplicados por 10. Pois um único espirro libera cerca de 30 mil gotas e percorrem uma distância muito maior. Pois essas gotículas podem atingir velocidade de até 320 km/h.
Não é necessário estar presente quando a tosse ou o espirro ocorrer, e ainda poder pegar o vírus. Pois basta respirar o ar infectado, que permanece com o vírus no ar por alguns minutos.
Muitas pessoas são assintomáticas por cerca de até cinco dias antes de começarem a apresentar sintomas, e algumas podem nunca tê-los. E essa pessoa ao respirar, libera cópias do vírus no ambiente.
Não podemos esquecer de pessoas que ao falar expelem gotículas respiratórias, e cerca de 200 cópias de vírus por minuto são liberadas.
Agora vamos falar dos amigos que se reúnem no final de semana para festejar e bebermorar. E cantam, e gritam, e forçam os pulmões que se desgastam. E se no ambiente da comemoração, tiver pessoas com sintomas sem saber?
Pra que se expor?
A infecção pela Covid-19 tem invadido o interior, assim como a urgência em ser atendimento, entubado e transferido em todo estado de Pernambuco tem aumentado. E a cada dia que passa menos pessoas estão livres dessa doença.
Acompanhe os boletins emitidos de municípios diferentes nos últimos dias de maio de 2020:
Após a divulgação dos dados dos boletins acima, é necessário encarar o isolamento como um tratamento coletivo. O sistema de saúde de inúmeras cidades pernambucanas não comporta unidade de referência e tratamento intensivo para pacientes infectados que necessitam de isolamento hospitalar ou internamento.
Nosso desafio é reduzir os impactos silenciosos da pandemia, e ficar em casa. O isolamento precisa ser encarado como um tratamento coletivo para a sociedade. Precisamos lidar com nossa saúde mental e cumprir um rígido protocolo de isolamento, que não é o que queremos, mas é o que pode evitar a disseminação e o contágio da Covid-19.
Pesquisa de dados: bbc.com
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